Tupiniquim envelhecida no barril – Com grande honra, conheçam em primeira mão as novas cervejas envelhecidas em barril da Cervejaria Tupiniquim – de Porto Alegre/RS – já engarrafadas! Saibam onde comprar, quanto custarão e o tanto que valem à pena guardá-las.
Monjolo Imperial Porter Barrel Aged
Envelhecida em barris de whiskey, esta é o maior exemplo que os brasileiros aprenderam a fazer cerveja. Nada melhor do que começar este post com a cerveja que será lembrada por anos a fio, por todos que conseguirem bebe-la.
Com 10,5% de álcool, na taça já demonstra todo o solavanco que o bebedor vai passar. Grudenta ao ser despejada, carbonatação bem baixa, grossa, pegajosa. Ao aproximar do nariz, é incrível a percepção de café e da madeira, com seus aromas latentes que fazem você salivar (babar pra ser mais preciso). Conte até 10 e cheire de novo. É outra cerveja. Incrível.
Na boca, o calor do álcool dá logo as caras. Não seja bobo de bebe-la muito gelada (eu penso que a minha estava há uns 10ºC), senão você perderá várias nuances de sabor. Por isso o álcool logo no primeiro plano, tão evidente. Espere muito, muito torrado. O tanino da madeira, bastante presente, bem tenta suavizar o torrado, mas em vão. O domínio de café e de chocolate amargo, com o final de boca seco, como se fosse uma bebida quente (certamente herança do whiskey impregnado na madeira) pedem logo o segundo gole, mas cuidado: lembre-se que são mais de 10% de álcool!
Sinto muito praqueles que acham legal dividir uma cerveja, mas esta, meus amigos, é de beber sozinho. E não tenho medo nenhum de dizer que esta é a melhor cerveja que o Brasil produziu até hoje. Não porque sou amigo dos caras, a cerveja merece tudo isso e muito mais. Se duvida, prove uma, mas jamais cometa o pecado de não guardar umas outras duas.
Não é à toa que a cerveja original – Tupinquim Monjolo – acaba de ser eleita por quem bebe (e não por um juri ou algo do tipo) a MELHOR CERVEJA BRASILEIRA no site Ratebeer.com – uma espécie de ranking de todo mundo que bebe e avalia cervejas. Mas a gente já sabia disso né?
Saison Au Vin Barrel Aged
Aqui a pegada é bem diferente, mas o intuito é o mesmo. Uma cerveja mais refrescante, mais frutada, mais azeda. Mas tão marcante quanto a Monjolo BA.
No nariz o vinho de sobremesa aparece muito, bem como instiga a salivação, algo que acontece comigo sempre que abro uma Saison, mas aqui, um pouco mais potente!
Com seus 6,8% de álcool o amarelo/alaranjado na taça convida ao gole, com uma grande e espumante cabeça branca. Aroma é moderado de malte, trigo, levedura bem presente e bastante frutada, picante, uva, madeira, carvalho, notas de vinho tinto.
O sabor tem uma boa dose de amargor, mas que logo desaparece e dá lugar àquela típica pegada ácida da levedura de Saisons, com uma duração longa, picante e ainda potencializada pela vasta presença de frutas vermelhas e mais notas de vinho tinto e madeira. Corpo é médio, textura é oleosa, carbonatação é excelente, bastante volátil como o estilo pede.
Uma Saison que realiza um antigo desejo meu de ter no Brasil uma cerveja do estilo em barris de vinho tinto fortificado, que quase foi a cerveja de 5 anos do Blog
Você encontrará as duas para comprar no Empório da Cerveja pelo valor de R$ 40,00 cada.
“Será neste site, pois é edição bem limitada e queremos atingir todos os interessados em experimentá-las, mesmo aqueles que moram mais distantes dos grandes centros e este site tem frete bem barato, às vezes até gratuito”.
comenta André Fonini, sócio da Tupiniquim.
Nos próximos dias você então poderá provar (caso já não o tenha feito) as melhores cervejas envelhecidas em barril do Brasil. De longe.
Estas cervejas foram feitas pensado em quem vai beber, não somente em cerveja para serem vendidas. Foram bons longos meses de testes, de acertos e erros e pode ter certeza: você vai se apaixonar! Eu estou apaixonado há tempos
Saúde e bebam sem preconceito!
Baita! Sabe quando vai estrear no Empório da Cerveja?